Ainda me impressiona o Amazonas. Tantas ilhas e tanta gente sem escutar o evangelho.
Depois de nos afastarmos alguns minutos do porto, nos sentimos um pequeno ponto no meio do nada no marzão que se abre aos nossos olhos. Por favor, não me corrijam. Não chamem o Amazonas de rio. Façam como os espanhóis quando aqui chegaram, chame-o de mar Dulce, por que doces são suas águas, de resto é mar.
Como explicar o horizonte que se perde e finda em um precipício, onde sabemos que não cairemos, já que ao tentarmos chegar lá, ele caminha um pouco mais para frente.
Como explicar as incontáveis ilhas e ilhotas que escondem aqui em sua foz, 470 comunidades no meio do nada. Assim dizemos no Rio[i], quando alguém mora muito longe em área pouco povoada: “Fulano mora no meio do nada”. Creio que as ilhas são mais meio do nada do que qualquer outro lugar que já tenha ido ou estado. O que gera a pergunta: Quê que essa gente veio fazer aqui?
Creio que se eles não estavam fugindo, vieram procurar Deus em meio a paz, silêncio e quietude. Só isso explica.
Pela manhã temos os cantos dos pássaros e o farfalhar dos açaizeiros. É um a louvar e o outro a aplaudir ao Senhor. De tarde, temos o silêncio. Todos repousam na calma brisa, e pouco antes do sol se esconder por completo ele gera um alaranjado que dança nas águas do rio. À noite, temos as estrelas, que são tantas que não se pode contar. E a lua? Ah! A lua. Quando cheia é como dia claro. É linda.
Tudo aqui declara a existência do Deus altíssimo. Eles vieram procurar Deus. Só isso explica. Pois aqui é fácil encontrá-lo.
Mas, apesar disso. Apesar da declaração da natureza, da presença do Deus altíssimo. Olhando esses rostos singelos, castigados pelo sol e pobreza. Tristes, alegres, indiferentes, ficamos sabendo que a revelação prestada pela natureza foi incompleta. Eles escutaram que Deus criou tudo o que há. Eles escutaram que Deus existe. Mas, os pássaros, o sol, a chuva, a lançante, o açaizeiro, a fartura do peixe e camarão, não falaram da obra do Cristo, do redentor, do salvador, do perdoador de pecados.
E, se me perguntam o quê que nós viemos fazer aqui, no meio do nada, Eu, respondo: A boa obra que de antemão Ele preparou para que andássemos nela. E, quando eu digo nós, refiro-me a mim e a você. Pois nós, frutos do amor de Deus, parte de seu corpo, pecadores remidos por sua graça, somos os agentes selecionados a repartir do seu amor, nesse mundão que nosso Deus não esqueceu. 470 comunidades do baixo amazonas.
Esta é uma sugestão de oração: Ore pela pregação do evangelho entre os ribeirinhos do baixo amazonas.
Esta é uma sugestão de viagem missionária; Venha fazer de seus dons e talentos uma ferramenta para o alcance das comunidades ribeirinhas do baixo amazonas. (Médicos, dentistas, massoterapeutas, enfermeiras, nutricionistas, músicos, artistas, professores, jovens, adultos, idosos, etc.)
Esta é uma sugestão para você participar da expansão do Reino na terra, enquanto ainda não vemos o Eterno.
Ainda me impressiona o Amazonas. Tantas ilhas e tanta gente sem escutar o evangelho, aqui no baixo amazonas, 470 comunidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário