Ao pensarmos na responsabilidade da igreja local quanto a missões, devemos ter em mente primeiro a questão do histórico denominacional, ou seja, devemos primeiramente obter um olhar introspectivo para podermos conhecer as motivações a qual poderia levar uma igreja ser de fato uma igreja ativa, do ponto de vista missionário, ou estática.
Ao obtermos este olhar avaliativo, estamos abrindo mão do imperativo bíblico, ou seja, estamos abrindo mão do “Indo, fazei discípulos de todas as nações”, e sim buscando em outros lugares, senão a Bíblia o motivo da ação de determinada igreja ser estática ou ativa no âmbito de missões. Desta forma podemos facilmente atribuir movimentos missionários a certas denominações que, obrigatoriamente tenham sido fundadas por missionários, como uma retribuição ou reconhecimento da ação favorável daquele missionário. Ou seja, uma igreja fundada por missionários estrangeiros, logo alcance a maturidade estaria pré-disposta a fazer a outros povos, aquela demonstração de amor que foi feita para com ele, ou seja, o testemunho de Cristo Jesus. Digo, estaria, pois na prática não é isto que acontece. Apesar de observarmos que algumas denominações que hoje dão mais ênfase ao Ide Missionário, são àquelas reconhecidamente fundadas por missionários. Onde citamos como exemplo A igreja Batista, A igreja Presbiteriana, e a igreja Assembléia de Deus. Igrejas reconhecidamente fundadas por missionários.
Logo temos por assustador àquelas denominações que não conseguem ou se negam a ter gratidão a figura de seus fundadores, que vieram de tão longe a fim de testemunhar do grande amor de Cristo pelas vidas de seus membros. Pois de forma indireta, os frutos que se acrescentam a uma igreja, deve-se ao fato de ela estar fiel, a quem originalmente a abriu.
Obviamente, está observação abre mão totalmente da questão do “Ide” bíblico, o que é de alguma forma triste. Por que a motivação primária para qualquer ação de um cristão, não deveria ser tão somente a gratidão a um outro nome, e sim a obediência, temor e gratidão tão somente a Cristo e o teu grande amor demonstrado por todos nós. Ou seja, uma ação, ainda que favorável a Igreja universal de Cristo Jesus, pela motivação errada, não será digna de tanta honra do que quando esta mesma ação é desenvolvida pelo imperativo correto e a cobertura espiritual do Espírito Santo. O imperativo correto, é sem sombra de dúvida a ordenança de Cristo, e é triste que tenhamos de usar de apologia quanto ao “Ide e fazei discípulos”, quando a palavra nos é explícita quanto a necessidade de semear novos campos, e da necessidade de ampliar os trabalhadores, visto ser tão grande a seara. Principalmente quando nos é tão clarividente como nos aparece em Mt 28:19. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;”.
E como poderão ir, se não há quem os envie. Desta forma, se não há quem os envie, parece-me que a seara da igreja brasileira se refere tão somente aos limites desta nação, ainda que façamos missões, sabemos que é incipiente a quantidade de missionários para a quantidade de igrejas, crentes e poder aquisitivo da mesma.
A responsabilidade da igreja local, não só em missões, mas, em todas as suas ações, encontra-se em ser obediente a Palavra de Deus. Ou seja, o imperativo primário das ações da Igreja encontra-se na Palavra e tão somente na Palavra. Não cabendo discurso apologético para que os líderes desempenhem as funções de filhos que tem prazer em ver o Pai feliz, nem uma apologia que os remeta a figura de servo que os tornem obrigados a servirem ao seu Senhor. Para Deus, é melhor a obediência que os holocaustos, principalmente quando esta obediência provêm do amor.
Cabe, então somente aos vocacionados e imbuídos de “alma” missionária, orar, para despertar nossos líderes a urgência de se cumprir o que nos impulsiona o Evangelho. Ide, fazei discípulos.
Natan.
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