Já na introdução os autores nos
alerta da necessidade absoluta do missionário estudar antropologia como alicerce
para ir a campos transculturais. Em que diga-se de passagem, nosso irmão
Ronaldo Lidório tem feito ótimo trabalho de Capacitação Antropológica, desde
que voltou ao Brasil, ele mesmo Antropólogo e missionário. Visite O Instituto Antropos e
saiba mais sobre esse trabalho que é referência.
Mas, voltemos ao livro de Bárbara Burns; Décio de Azevedo e
PauloBarbero, baseado na obra de Eugene Nida, que em seu primeiro capitulo
sob o titulo de Choques e surpresas
informa-nos sobre diversos escorregões de missionários por desconhecerem
hábitos e costumes do povo com o qual está convivendo. Falam eles, por exemplo,
da tribo Ngbakas, Zaire, África, onde os presbíteros recusaram-se a aceitar a exigência
dos missionários para que suas esposas usassem blusas na igreja. É que naquela
aldeia somente as prostitutas usavam blusas, pois só elas tinham dinheiro para
comprar roupas melhores. Ainda nesse capitulo 1º somos impulsionados a pregar o
evangelho apesar das diversidades e das dificuldades, “o evangelho precisa ser
compreendido por todas as pessoas em termos conhecidos dentro de sua maneira de
pensar e viver”.
Cultura é algo de difícil definição
e de vasta compreensão. Aqui também se tenta defini lá e mostrar as contribuições
da antropologia para a compreensão das diversas culturas e formas de comportamento
humano. Falando sobre o racismo, aponta-o como universal e algo que não está
restrito a algo como a cor da pele, discorre também sobre o mito da superioridade
racial e preenche a página 34 com conselhos práticos.
As relações sociais, a religião,
a estética, a linguística são os assuntos tratados até chegarmos ao capitulo 9,
que nos alerta que a cultura está sempre em mutação. Para encerrar somos
brindados por um capitulo sob o titulo: Novas
soluções para velhos problemas, nos apontando a visão do pagão sobre o
trabalho missionário. E sai em defesa dos missionários sempre com conselhos úteis
e práticos, além de alertas sobre erros cometidos por outros que agora podem
ser evitados pela nova geração, “se alguém já errou, por que errar de novo, no
mesmo”. Se a nova geração de missões, se deixar auxiliar pelo Espírito Santo, para
além de meios e métodos e estratégias humanas, com certeza a pregação do
evangelho alcançara lugares nunca dantes alcançados.
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