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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Costumes e Culturas: Uma introdução à Antropologia Missionária


Já na introdução os autores nos alerta da necessidade absoluta do missionário estudar antropologia como alicerce para ir a campos transculturais. Em que diga-se de passagem, nosso irmão Ronaldo Lidório tem feito ótimo trabalho de Capacitação Antropológica, desde que voltou ao Brasil, ele mesmo Antropólogo e missionário.  Visite O Instituto Antropos e saiba mais sobre esse trabalho que é referência. 

Mas, voltemos ao livro de Bárbara Burns; Décio de Azevedo e PauloBarbero, baseado na obra de Eugene Nida, que em seu primeiro capitulo sob o titulo de Choques e surpresas informa-nos sobre diversos escorregões de missionários por desconhecerem hábitos e costumes do povo com o qual está convivendo. Falam eles, por exemplo, da tribo Ngbakas, Zaire, África, onde os presbíteros recusaram-se a aceitar a exigência dos missionários para que suas esposas usassem blusas na igreja. É que naquela aldeia somente as prostitutas usavam blusas, pois só elas tinham dinheiro para comprar roupas melhores. Ainda nesse capitulo 1º somos impulsionados a pregar o evangelho apesar das diversidades e das dificuldades, “o evangelho precisa ser compreendido por todas as pessoas em termos conhecidos dentro de sua maneira de pensar e viver”.

Cultura é algo de difícil definição e de vasta compreensão. Aqui também se tenta defini lá e mostrar as contribuições da antropologia para a compreensão das diversas culturas e formas de comportamento humano. Falando sobre o racismo, aponta-o como universal e algo que não está restrito a algo como a cor da pele, discorre também sobre o mito da superioridade racial e preenche a página 34 com conselhos práticos.

As relações sociais, a religião, a estética, a linguística são os assuntos tratados até chegarmos ao capitulo 9, que nos alerta que a cultura está sempre em mutação. Para encerrar somos brindados por um capitulo sob o titulo: Novas soluções para velhos problemas, nos apontando a visão do pagão sobre o trabalho missionário. E sai em defesa dos missionários sempre com conselhos úteis e práticos, além de alertas sobre erros cometidos por outros que agora podem ser evitados pela nova geração, “se alguém já errou, por que errar de novo, no mesmo”. Se a nova geração de missões, se deixar auxiliar pelo Espírito Santo, para além de meios e métodos e estratégias humanas, com certeza a pregação do evangelho alcançara lugares nunca dantes alcançados.

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