O que falar a ti Senhor. Tentamos reproduzir os momentos finais de seu filho entre nós e em nós. Mas aonde chegamos com isso. Vejo pessoas se golpeando com a chibata se dilacerando a pele. Outros se deixam amarrar durante horas a uma cruz. Retirantes carregam pesadas cruzes em suas costas debaixo do sol ou da chuva, aonde chegaremos com isso? Eu, não esportista, permito ser levado aos limites de minhas condições físicas buscando lembrar os últimos momentos de seu filho entre nós. Seu sacrifício na cruz. Aonde chegarei com isso?
Chego à compreensão de minha pequenez. Da minha incapacidade de te servir. Chego à compreensão de minha infidelidade em cumprir aquilo que o Senhor deseja de melhor a minha vida. Chego a ver minha desobediência por ação ou omissão e tantas outras vertentes que ocorrem. Oportunidades não aproveitadas. Oportunidades não criadas.
Que faço. Peço perdão. Coloco-me de joelhos e choro ante sua presença. Creio-te Deus misericordioso. Imploro perdoa-me. Perdoa-me. Permita-me ir aonde o Senhor quer me levar. Desejo chegar exatamente lá.
Meu corpo sofre, sofre frio. Sofre dores. Sofre fome. Meu corpo sofre. Mas em escala sofre em nano, ou seja, nada. E quem deseja esse nano sofrimento, eu não quero. Mas são dores de corpo. Penso nas dores de alma. Do sofrimento que eu sentia dentro, dores tão profundas que o descanso e o gelol não resolvem e parecem não ter cura. Dor interna, profunda e inatingível por quem quer que fosse. Mas, Você Pai me alcançou, no fundo do abismo que eu me encontrava. E agora, pergunto, que quer que eu faça? Aos médicos seus honorários. A ti minha vida.
O que falar a ti. Quero ir além das palavras. Quero ser. Ser como Você me deseja tornar. Ser o fruto de suas mãos em minha vida. Teu por completo. Todo teu Senhor. Sem ressalvas.
Te amo. Te sirvo. Te adoro. Te clamo. Te...
Que eu seja, segundo, ou mesmo terceiro. Porque você é e sempre será o primeiro em minha vida.
Ceflal – Brasília - 7 de julho de 2009
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