Bem Vindo

Somos missionários da Igreja Cristã de Nova Vida

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Porque há tão poucos missionários transculturais? (2)

Uma outra questão que leva a uma longa demora da chegada dos vocacionados aos campos, além do longo e necessário treinamento, é o fato de que a maioria das juntas e igrejas deixá-os sós por sua conta e risco para encontrar mantenedores. Quer dizer, o candidato a missionário sai das fileiras da igreja, ou seja, do banco. Sendo que em grande parte das vezes, tem que deixar seu emprego para se preparar, já que a maioria dos modelos de treinamento atuais exige internato, quando não o translado de sua cidade para outra, e depois disso, ele só conta com suas próprias forças e seu meio de relacionamento para encontrar sustento. Praticamente, o candidato a missionário se torna um mendigo com o pires na mão, pedindo oportunidade de igreja em igreja ja que os recursos de seguro desemprego e rescisão em geral são gastos em seu período de treinamento, visto que ele e seus familiares continuam comendo, vestindo, estudando, pagando aluguel, ou condomínio, luz, combustível, água, etc..., Daí, muitas das vezes as pessoas fugirem de culto de missões, pensam elas: “Lá vem outro mendigo, [quer dizer, missionário] pedir dinheiro”. Quando ele [missionário], comove, emociona, os ouvintes, consegue por algum tempo uma participação momentânea, quando não, foi somente mais um missionário a falar de um povo carente da Palavra, cantar em um dialeto diferente, mostrar algo curioso.
Em geral o vocacionado Esbarra somente em um fato. Ainda que seja chamado e separado pelo Senhor que ouve a oração daqueles que se irmanam a Jesus e pedem os ceifeiros, ainda que seja treinado, ele ainda espera que seja enviado.
Mas, como será enviado? Será enviado por uma igreja que atende a emoção passageira, ou uma igreja racional, que sabe dar o fundamento de sua fé, um culto racional, e um servir racional ao Senhor. A emoção passa. A igreja racionalmente comprometida permanece com o obreiro durante os 04, 05 10 anos que este permanece no campo, a igreja emocionalmente comprometida em geral não supera o primeiro ano.
Quando o vocacionado diz ao Senhor “Estamos aqui Senhor, pode nos enviar”. Ele espera que a igreja faça a sua parte.
O Senhor chama, separa, prepara, treina nas agências, na vida, nas derrotas e nas vitórias. Os intercessores concordam com o Senhor Jesus que necessitamos de mais ceifeiros, afinal 1,22% é ridículo. E, os enviadores, enviam. Não mendigos, mas servos do SENHOR.

sábado, 19 de maio de 2012

Diario de Bordo–03–19/05/2012


Olá queridas intercessoras (es)
hoje de manhã a equipe da Torre forte, embarcou no Koynonia I, para uma viagem de IMG_0506aproximadamente 12 horas até o arquipélago de Bailique, no Amapá. Por favor orem por eles, pois há previsão de pororoca para hoje. A pororoca é o encontro da água doce com a salgada, gerando grandes ondas. Como a essa hora eles ainda estão viajando. É tempo ainda de orar.
Obrigado.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Diario de Bordo–Afua 03–18/05/2012

Queridos intercessores.

Estamos precisando muito de sua cobertura em oração. Três pessoas sentiram hoje indisposição. O barco no qual íamos para a ilha das pacas sofreu uma pequena avaria. Mas não nos deixamos parar, e apesar do vento contrário, seguimos em frente ao nosso objetivo. Foi um culto abençoado na casa do irmão José, e pudemos fortalece-lo.

Por favor ore pelo avanço do evangelho na ilha das Pacas e Caviana.

Livro sem PalavraDe manhã a equipe evangelizou as crianças do Doce Lar contando a história do livro sem palavras com o auxilio da missioneca, e cada menina ganhou uma. Os meninos ganharam o carrinho missionário nas mesmas cores.

 

IMG_0485A noite, surpreenderam a Sarah com um bolo pelo seu aniversário que será na próxima segunda-feira (21/05). Amanhã eles seguem viagem para a ilha de Bailique, outro local onde a MEAP tem atuado com os ribeirinhos. Dista 12 horas de viagem. Cooperem para a segurança deles com suas orações.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Diario de Bordo – Afua 03 – 17/05/2012


Olá Amados
Hoje zarpamos cedos Natanael e Irmã Socorrocom a equipe da Torre Forte rumo ao rio do prata, à casa da irmã socorro (na foto). Esta irmã foi a primeira de sua família a se render aos pés do Senhor, e hoje tem a felicidade de ver os 12 familiares aos pés da cruz. Filhos e marido.
Ela e seu marido doaram o terreno onde será erguida a igreja presbiteriano do Rio do Prata. Uma das dez igrejas a serm plantadas nesse projeto inicial da MEAP, aos ribeirinhos do baixo amazonas. IMG_0364Pr. Martinho (foto) da igreja no Afuá já tem orado por obreiros para a igreja que vai nascer.

Apostolo Claayton NantesO apóstolo Clayton compartilhou uma palavra de alento a familia que tem o patriarca, seu Raimundo em tratamento de saúde em Macapá. Depois de compartilhar o  alimento com a família e presentear   as crianças com brinquedos, navegamos um pouco mais para orar pelo terreno doado, profetizando que vidas e vidas serão restauradas naquela região e irão proclamar a glória do Senhor.
Pastora Leia PortellaDe noite a equipe foi dividida para atender a convite de duas igrejas parceiras da MEAP. A pastora Leia Portella levou a meditação na Igreja Cristã Evangélica e oBispo Miguel Bispo Miguel na Igreja Presbiteriana

Continuem orando pela segurança da equipe, pois ainda há muitas viagens a serem feitas pelas ilhas.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Diário de Bordo – Afuá 03 – 16/05/2012

Olá amados

Desde ontem estamos recebendo uma equipe interdenominacional capitaneada pelo Apostolo Clayton Nantes da Igreja Evangélica Ministério internacional Torre Forte.

SAM_0133Devido a diversos percalços com relação a transporte, a equipe foi chegando aos poucos, vindo de Belem com o auxilio de nossos irmãos da Aliança da Esperança. No avião pilotado pelo Pr. Baia. Eles chegaram encasacados do frio de São Paulo, outros do frio do Paraná, para louvar a Deus no nosso inverno de no mínimo 26 graus. Sinto falta do pessoal do RJ.

Hoje, mais uma vez nos livrou o Senhor, desta vez o que poderia ser um terrível acidente aéreo. Pouco depois de nosso avião “estacionar”, outro avião que chegava a cidade bateu a “cauda” na ponte, um pouco antes da cabeceira da pista, SAM_0221(veja as fotos) pulou para dentro da pista e por pouco não atingiu o avião da Aliança. Mas a mão do Senhor, estava conosco e com o piloto da outra aeronave, Alex, também irmão em cristo, que conseguiu apesar do susto controlar a aeronave. Glórias a Deus!! Aleluia!!

Nenhum ferido.

Ali mesmo na pista, demos as mãos e glorificamos ao Senhor pelo grande livramento. Alegrem-se conosco.

sábado, 12 de maio de 2012

Porque há tão poucos missionários transculturais?

O que é necessário para se colocar um missionário no campo. Quais são os caminhos necessários para que essa ação de salvar vidas condenadas em outras nações deixe de ser sonho e passe a realidade.
Os três pilares essenciais para que ocorra missões continuam a ser, vidas que se doam, (missionários), joelhos que se dobram, (intercessores), mãos que doam, (mantenedores).
Começo a pensar que o Brasil tem mais missionários do que realmente pode sustentar. Apesar de sermos tão poucos, e apesar das agências missionárias nos apontar dados estimativos provando que realmente somos poucos. Começo a pensar que não precisamos mais nos aliar a Jesus quando ele diz: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. Pedir mais trabalhadores para quê, se não somos capazes de enviar ou sustentar aqueles que já temos.
Conforme pesquisa Sepal, em 2005[1] a força missionária do Brasil constava de 3195 missionários transculturais, e conforme o IBGE[2], em 2000 nós éramos 26.1 milhão de pessoas que declararam a fé cristã, e falo só dos evangélicos, não incluo os católicos. Uma rápida conta nos mostra que a população missionária é de 1,22% da população evangélica. E se formos fazer a conta em relação à população brasileira o resultado será muito mais pífio do que este já apresentado. A pergunta é, enviar mais missionários para quê, se já somos tantos? Tudo bem estou sendo irônico, e nem sei se é uma fina ironia.
Fato é que eles estão aí. Os vocacionados ao campo missionário. Aliás, os temos de sobra, já que não conseguimos inseri-los nos campos ao qual são chamados. E penso não ser por falta de oração. Temos os intercessores. Como não orar, diante das cartas missionárias que refletem lutas e necessidades do campo. Ao menos quando a carta ou e-mail missionário chega, temos uma oração intercessória. E de fato, temos em nossas igrejas, senhoras e mais senhoras dedicadas à oração. De forma que esta força intercessora também é alimentadora das agências e juntas missionárias de candidatos ao campo, já que elas se unem a Jesus e pedem ao Senhor da seara mais trabalhadores.
Então, falta força aos enviadores. Já que o Senhor separa e prepara o vocacionado, contudo nos deixa entender que o envio passa pela igreja. Ou seja, os recursos do envio e sustento missionário “dependem” do amém da igreja ao desejo de Deus.
Desta forma temos que a maioria de nossas igrejas, não conseguem durante todo um ano levantar a hercúlea quantia de R$ 1,00 para missões simplesmente pelo fato de não compreenderem o imperativo bíblico em relação ao ato, tanto no Antigo como no Novo testamento.
Algumas igrejas, e não são poucas, vêem em missões uma ação de marketing, adotam o missionário com uma quantia irrisória, levantam altos valores em nome do mesmo e repassam a ele aquele valor de picolé de trem. E há aqueles que nem essa quantia irrisória faz chegar ao missionário, embolsando todo o valor tirado dos fiéis em seu nome para outros fins. Há ainda aqueles que de fato reconhecem e entendem a necessidade missionária, mas, fragmenta tanto seus donativos no afã de ajudar a muitos, que não chega de fato a auxiliar de forma eficaz a um determinado missionário.
Em suma, há uma “meia dúzia de três ou quatro” que realmente assumem seu papel de enviador tal qual se pode esperar. E, aqui, já não falo só de sustento material. (Continua)




sábado, 5 de maio de 2012

Do Afuá 4 - Sobre o Acidente


Examinando o local do acidente chegamos a conclusão,  depois de rever toda a instalação do local, que provavelmente fui atingido pela descarga elétrica proveniente de um raio que caiu próximo aqui.
Isso explicaria a estrondo que ouvi antes do choque e o fato de ter sido lançado longe. Ainda tenho o galo a cabeça, só dói quando deito,  o incomodo no maxilar passou depois de 24 horas..
A água da lançante foi o condutor.

A pouco tempo esteve aqui uma equipe de Santos, pastor Ayrton e dr. Sergio da Igreja Batista da Orla que haviam comentado da necessidade de para-raios por aqui.
Eu acho que não funciono bem como para-raios, por isso vou providenciar um.

Conto com a oração de vocês.

Obrigado
Natan

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Do Afuá 3 – Eu Estou Vivo

Foi o maior acidente que eu já sofri do qual eu consigo me lembrar. E, parece que a sensação de ser eletrocutado será para mim inesquecível. È horrível.
O mais interessante é que eu não iria mexer em eletricidade e sim com água. Coloquei as botas de borracha, desci da varanda para nosso terreno inundado por mais uma lançante, e peguei um pedaço de cano para medir. Quando voltava para a varanda, após ter passado por sobre uma de nossas gambiarras que nos ajuda a ter luz emprestada de nosso vizinho, ouvi um estrondo e fui jogado ao chão, senti a corrente elétrica me atravessando sem cessar, estava na água, consciente e sentindo o choque, estava sendo eletrocutado. Comecei a gritar desesperado, sabia que estava sozinho e que precisava sair da água. Olhei para a varanda sabendo que precisava chegar até ela.
Não sei como subi. Não sei nem mesmo se subi ou se brotou alguma força interna que me fez vencer o mais de um metro que separa a varanda do solo em um só pulo. Talvez tenha sido arremessado, pois não sei se o galo que possuo foi da queda no quintal ou na varanda.
Fiquei deitado, arfando e jogando a água que bebi fora. As meninas, Sarah e Sophia me olhavam sem nada entender. As forças queriam deixar meu corpo, mas lutei para não perder a consciência.
A perca de equipamento (meu radio comunicador não é a prova d’água), as poucas escoriações, as dores, e o mal estar que sinto, são motivos de louvor. Eu estou vivo.
Louvo a Deus por minhas filhas não me virem se debatendo n’água. Quem sabe qual seria a reação delas.
Peço oração para que possamos adquirir o equipamento necessário para nos livrarmos dessas gambiarras e termos luz estável, tanto em nossa casa, como no projeto. No momento estamos trabalhando de maneira precária, no que diz respeito à energia e a água.
Ainda não consigo entender o que aconteceu. Não consigo fazer piadas, mas espero que logo possa. Só sei que seria ridículo morrer afogado no quintal com o amazonas a porta de casa.
Quanto mais tempo o missionário está vivo, mas tempo ele tem para pregar o evangelho.
Conto com suas orações.
Natan