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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Um é pouco. Dois são suficientes. Três são ...

Ganhei um sapato. Não um sapato, mas um par de sapatos. De que me serviria um sapato apenas. Mas, foi por tê-los ganho que constatei minha parte indígena, de que um é pouco, dois são suficientes, três são demais.
Foi Simone que me chamou atenção para o fato de que há muito não tenho mais do que um par de sapatos, ou de sandálias, ou de tênis. Somente um, quando tenho.
Agora tenho dois pares de sapatos. O meu velho sapato furado, que está aos poucos desfarelando. Penso que se tenho dois pares de sapatos, deve durar o dobro que esse meu andar solitário durou. Dois anos e meio usando praticamente todos os dias, faça chuva, faça sol. Por isso me recuso a jogar o velho fora. Para fazer durar o novo, lindíssimo, da loja aos meus pés. Há quanto tempo eu não tinha um sapato assim. Da loja para os meus pés. Tênis então, nem se fale.
Morar na cidade tem suas desvantagens. Uma delas é ter que passar roupa. Causa estranheza o missionário aparecer no local de culto com a roupa amassada. Imagine de sandálias ou descalço. Estar na cidade é desconfortável para um missionário de meio de mato. Tem que se vestir em demasia.
Tenho somente um terno, então nunca posso ser convidado para pregar dois dias consecutivos em um lugar que exija terno. Porque fatalmente vou repetir a roupa. Eu não me preocupo com isso, mas há quem repare e ache inconveniente. Eu acho que a pessoa ou só tem aquele, ou só gosta daquele. Seja qual for o caso, isso não influi na mensagem que Deus envia por ele.
No meu caso, estou na base do pouco. Que seria suficiente, não estivesse na cidade. Na mata umas poucas peças de roupa da para passar um montão de dias, lógico que depois de alguns dias o odor vai se assemelhar aos dos nativos, mas, não é isso que desejamos; nos contextualizar.
Vejo que é mais difícil contextualizar-se na cidade do que na mata. Custa muito na cidade esta contextualização.  E aí, um de fato é pouco, quando poderia ser suficiente. Em todo caso, três são demais.

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